Tudo perfeito. Não se sabe de onde partir, muito menos aonde ir.
É um caminho inútil.
É, você precisa de um motivo.
Quando você está só, mesmo em meio a tantas pessoas.
Quando você está só, sabe-se realmente que não.
Você tem um motivo? É, justo.
Mas, sem esse motivo, o que você é?
Resultado das escolhas alheias, não das suas.
Você caminha, caminha, caminha...
Você corre, ama, sofre, chora.
Qual é o motivo?
Você passa, sente, acha que sente.
Qual é o motivo?
Qual a diferença entre ser animal e ser humano?
O motivo.
Seu motivo pode ser egoísta.
Quanto mais egoísta melhor.
Porque, quanto menos você pensa no que é,
mais motivos tem para sustentar o seu motivo.
Quando o seu motivo é mais alheio do que seu,
você não se pertence; mesmo assim, os motivos
alheios sustentarão o seu motivo.
Quando o seu motivo está ligado ao que são os outros vários motivos,
e como seu motivo pode ou não ser um motivo, você está perdido.
Pois, quando vir que os motivos estão sempre ligados à falta de motivo,
verá também que todos eles levam ao mesmo caminho.
Você corre para nada, não sabe o que quer,
por que quer; sabe que tem que querer, e assim
seu motivo leva sempre à supressão de um motivo,
justamente por falta de motivo.
Quando o ser e o estar estão ligados,
eu quero sempre o que se pode querer;
quando sou por ser e não por estar,
só quero o que o próprio desejo suprime.
Ser.
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