Mais uma vez, nada do que parecia poderia ser.
Mas, era real. Mesmo que paralelo, mais real do que a própria realidade.
Passado da representação para algo que é.
E como, como não ser, sendo assim?
Fugiria mil vezes, mas repetiria as palavras.
Saltaria outras duas, mil vezes o faria.
Como poderia pensar em rima?
Vitima? Colina? Acima?
Acima do quê?
Acima de mim, além do meu controle,
pois, não controlo sentimentos.
Quando trouxestes a mim
a ti mesma, pensei: sonho.
Mas, então, vi que não pensava.
Tudo era, somente, e, por tanto ser,
vi-me sabendo o que seria,
o que faria mil vezes,
repetiria outras duas, mil.
E somente quem trouxe à tona
a realidade.
Apenas quem pode pensar a rima,
acima. Acima do quê?
Nem pense em não pensar.
Dentro e fora do risco, és o que és,
dentro e fora do real, por que, como,
como não ser?
Sim, era, não, é.
Nada fora do comum.
Apenas o que é pode ser; e tenho dito.