Só para constar...
É protecionismo ou moda? Nem sei... Só sei que virou isso aí.
O mundo ficou perigoso demais, e a saída foi inventar outro mundo.
Jogar bola era uma ótima alternativa. Os meninos brigavam, brincavam.
Sujavam toda a roupa e deixavam suas mães loucas.
Existiam grupos distintos: meninas e meninos. Havia disputa por meninas e por meninos.
Havia disputa entre meninas e meninos.
Era um ótimo jeito de começar, de lançar a mente em formação num espaço de aprendizado mútuo. Importante.
A escola era a continuação. Era ótimo. Na verdade, a escola estava fora da escola.
Então, se aprendia de tudo...
Cair, levantar.
Chorar, apanhar.
Correr, arriscar.
Chorar, apanhar.
Sorrir, realizar.
Chorar e apanhar.
Sabe, era assim... Mas, o que nós temos agora?
Vamos lá, analisemos.
Em parte culpa da violência, em parte culpa dos pais. As crianças estão ficando extremamente... Aluadas.
Como não podem sair de casa e viver, montam uma vida em cima de jogos eletrônicos. E a palavra vida não é um exagero.
Quando não, passam a maior parte do tempo em sites de relacionamento, bate-papo e redes sociais.
Então, toda a experiência não vai passar da tela do computador.
Elas não vão cair. Não vão analisar feições, sentir a luz do sol, ouvir o grito da vizinha furiosa.
Vão sentir dor de cabeça, analisar a fonte dos textos e ouvir os barulhinhos dos winks?
É complicado. Mas a fantasia é uma saída quando não se tem vida.
Como conseguir moldar o senso crítico de um cidadão que não "vive"?
Existe um curso de "vida" disponível em pdf?
Pois é, só me resta lamentar...